De onde será que vem este espírito? Será mesmo que ele existe? Fato é que nesse período do ano chamado natalino, nós somos induzidos por varias organizações e instituições a agir com o “espírito natalino”, ou seja, ser solidário, fraterno e amoroso. Sendo assim, aqueles e aquelas que vivem nas ruas mendigando o pão e que ao vermos no dia a dia passávamos ao largo, passa agora a ter nossa atenção e assistencialismo. Assistencialismo esse que mata o sujeito ativo e dá vida a indivíduos dependentes e pobres de espírito.
Que espírito é esse? Um espírito que aparece uma vez por ano e nos comove para doar ao outro uma roupa usada e migalhas da nossa mesa. Que espírito é esse? Que muda uma pessoa má em boa e insensível em sensível em tão pouco tempo para atuar também em tão pouco tempo. O único espírito no qual devemos acreditar, buscar e cativar é O Espírito Santo do Senhor, pois este nos move, nos agita, nos sacode para ver o outro que está momentaneamente necessitado e agir com misericórdia e compaixão. Esse espírito nos transforma e nos faz ser humano, demasiadamente humano.
O Espírito Santo não tem lugar, nem dia e nem hora para atuar. Ele age em todo tempo e o tempo todo em nós e por nós. Bem como, usa a que deseja e como deseja. O Pai, O Filho e O Espírito deseja sentar a mesa com todos e todos os dias celebrar a vida, o nascimento de cada um de seus filhos.
Quanto ao famigerado espírito natalino, o desprezemos porque ele é hipócrita e exala o espírito do capitalismo, ou seja, da desigualdade social e da injustiça social.
Pr. Genivaldo Alves Gomes Júnior
(Pastor da 1ª Igreja Batista Dois Irmãos (Sítio dos Pintos). Professor e Psicólogo Clínico)
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